luzia

Luzia é o nome dado à mulher mais antiga já encontrada nas Américas, com cerca de 12.000 anos de idade. Seus restos mortais foram descobertos na Lapa Vermelha IV, em Minas Gerais, Brasil, em 1975. Luzia é considerada um fóssil humano bastante importante para a paleontologia, pois é um dos poucos remanescentes humanos do período Pleistoceno que foi encontrado nas Américas. Os estudos sobre Luzia foram intensificados nas últimas décadas, e é possível afirmar que ela pertencia a um grupo de pessoas que migraram para a América do Sul vindas da África. Os pesquisadores acreditam que ela tinha características bastante distintas das populações indígenas que habitam o Brasil atualmente. Sua aparência assemelhava-se à de povos africanos e anatómicamente ela se aproximava dos aborígenes australianos e dos povos do sul da Ásia. Luzia é um exemplo importante da diversidade humana que existiu na América do Sul durante o período pré-histórico, período esse em que a região era habitada exclusivamente por povos indígenas. A pesquisa sobre Luzia tem contribuído assim para a compreensão das migrações humanas mais antigas e para a diversidade genética e cultural que se estabeleceu no continente americano.